JACIARA - MT (DIA 42)

De Cuiabá tomamos um ônibus da empresa Motta para Jaciara, cidade indicada pela Talita para que praticássemos uns esportes de aventura! rs Saímos de Cuiabá às 10 horas da manhã e chegamos lá por volta das 12:40. As passagens custaram R$30 cada.

Jaciara tem uma pracinha com a estátua da índia, que conta a sua lenda. Na rua principal da cidade tem também uma igreja muito bonita, num estilo diferente, toda de madeira por dentro, e por fora há uma imagem de São Francisco, que tem acompanhado a gente bastante nessa viagem (afinal visitamos o rio São Francisco, a Monique encontrou seus parentes através da rádio São Francisco, e vimos várias imagens dele pelo caminho!).

Almoçamos na rodoviária, deixamos as bagagens no guarda-volumes (baratinho, R$2 por bagagem durante 24 horas) e fomos procurar saber onde poderíamos fazer rapel e rafting. Descobrimos, então, o telefone do Rafael através do Taba Hotel (fone: 66 – 34612570/34611541/84056033).

O Rafael trabalha com isso há 6 anos e quase todos na cidade o conheciam (fone: 66-92173738/www.nativao.com.br). Ligamos para ele, pegamos as informações necessárias e ficamos de retornar a ligação para confirmar. O valor para cada uma das duas atividades era de R$ 50 por pessoa, sendo que deveria haver no mínimo 3 pessoas. Ou seja, como éramos somente duas, teríamos que pagar R$ 150 pelo rafting e mais R$150 pelo rapel. Choramos um desconto e ele, muito gente boa, abonou R$50 da nossa conta e ainda disse que nos daria carona para o lugar.

O problema dessa história toda é que a Monique e eu somos muito medrosas e ninguém estava com coragem de descer 30 metros de altura, numa cachoeira, presa apenas por uma cordinha! rs Gente, vocês não tem noção! Ficamos horas no banco da rodoviária discutindo o assunto e lembrando e descrevendo as piores sensações de medo pelas quais já tínhamos passado em nossas vidas! Um horror! Pânico total! rs Nós duas, morrendo de vontade de sermos radicais, e nos cagando de medo! rs 

Quando bateu o desespero de verdade, desistimos. Começamos a inventar um monte de desculpas, dizendo que não queríamos morrer no início da viagem e que aquilo era muito arriscado. Maior ladainha! Nós é que amarelamos mesmo! rs

Mas com a decisão de não ser radical, no fundo, as duas não tinham ficado felizes. E eu, pau da vida com a nossa cagonice, falei “vamos comprar um biscoito”. Mas a Monique não deixou. Disse que nós tínhamos almoçado fazia pouco tempo, que não estávamos com fome e que não podíamos ficar gastando dinheiro à toa. Ah, gente! Aí eu fiquei pau da vida de verdade! rs Que droga! Além de não fazer rapel, eu ainda nem podia comer um biscoitinho? Ah! Tomar banho na soda, como diz minha avó! rs Insisti, insisti e ela só dizia não. “Rachel, você ainda vai me agradecer um dia!”, dizia. Ai, gente, que vontade de dar um soco na cara dela! rs Fiquei com tanta raiva, que aí eu decidi: “Se não vamos comer biscoito, então vamos fazer rapel e pronto, acabou! Não quero saber dessa babaquice de medinho! Lá em cima eu mando o cara empurrar a gente cachoeira abaixo!”. Ligamos para o Rafael e combinamos tudo. Às 9:30 da manhã do dia seguinte, ele passaria no nosso hotel para nos buscar e a gente partiria rumo à adrenalina.