domingo, 25 de dezembro de 2011

CORUMBÁ E PUERTO QUIJARRO. BRASIL - BOLÍVIA (DIA 54)

Acabadas as aventuras no Pantanal, Élcio e Elias nos deixaram no Buraco das Piranhas. Lá pegamos o ônibus da Cruzeiro do Sul, custando R$20, até Corumbá.  Podíamos pegar o ônibus da Andorinha, que costuma passar às 15:30h ou o que pegamos, que passa às 16:15h. Para nossa sorte, o que passava mais cedo resolveu chegar junto com o que chegava tarde, que também se atrasou!  Passamos uma hora ali esperando o ônibus no meio da estrada, num calor que, sinceramente, não tenho forças para explicar só de lembrar a tortura que era! rs Sabe quando o sol torra você, com nenhuma nuvem para atrapalhar, e ainda tem aquela fumacinha subindo do asfalto? E vento? Não existia! rs

Chegamos em Corumbá e voltamos para o hotel (sim, aquele mesmo! rs). O dia já tinha rendido bastante. Fizemos nosso lanchinho “salvador dos pobres”, pão com mortadela e Grapette, e ficamos relaxando, relembrando as coisas boas pelas quais tínhamos passado.

Tem momentos que dá vontade de agradecer a Deus toda a hora o tanto de coisas boas que estão acontecendo com a gente! Estou tãããão feliz! Acredito que a Kel também! Por isso que pombo faz cocô na minha cabeça, acho moeda... Gente! Eu sou uma pessoa de muita sorte! rs Muito obrigada, Deus!!!!

Aaaahhh! Falando em sorte...rsrs Várias vezes no Pantanal disse à Kel “Nossa! A essa hora nós somos milionárias!” hahahaha Então, assim que chegamos a Corumbá, fomos ver o resultado da mega-sena. E adivinhem!!!!! A Mega acumulou!!!! hauhauhauahuahuaha Não entendi nada! Jurava que ia ganhar! 
Os números sorteados nem passaram perto dos nossos. Com ou sem interpretação da Rachel! hahaha Ainda tive que ouvir meu irmão brigando comigo porque gastou dinheiro jogando no bicho! hauhauhauhauha Ai, ai... rs

No dia seguinte madrugamos para pegar o ônibus Fronteira, na Praça da Independência, a praça principal de Corumbá. Tínhamos que atravessar cedo a fronteira para tomarmos o trem da morte ainda de manhã. Esse ônibus passa mais ou menos de meia em meia hora e custa R$2. Pegamos o carro lotado, pois fins de semana as pessoas imigram mais, além de ser fim de ano. Era um sábado. Chegamos a imigração brasileira às 9:30h (10:30 no horário de Brasília) e entramos na fila para pegar o visto.

Exatamente, visto! Na fronteira entre Brasil e Bolívia é necessário que sua saída, sendo estrangeiro ou brasileiro, seja registrada. Não custa nada. Apenas esperar por 1 hora ou mais até ser atendido! rsrs

Acho que já dissemos anteriormente que Corumbá tem 1 hora a menos que Brasília. E a Bolívia, que está no mesmo fuso horário de Corumbá, não possui horário de verão. E, portanto, tem 2 horas a menos que Brasília.  

A imigração brasileira abre às 9h (10h de Brasília), fecha para almoço e reabre a tarde. É assim, pelo menos, em dezembro.  A imigração boliviana abre às 8h (horário boliviano, 10h de Brasília), também fecha para almoço e reabre à tarde. Ficamos sabendo que são poucos funcionários para atender e que, muitas vezes, eles saem de lá a hora que bem entendem e não voltam mais. Com fila ou sem fila. rs Então, para quem for passar essa fronteira, fique atento para não ser pego de surpresa. E atenção aos desavisados que planejam passar pelas imigrações no domingo: elas não funcionam aos domingos de tarde! Apenas pela manhã! Estejam atentos a isso!!!


Bom, depois de uma hora na fila no Brasil, atravessamos a fronteira! Êêêêê!!!! Fiquei tão feliiiz!!! Nunca tinha atravessado uma fronteira assim, caminhando. Como diz o nosso guia, entramos na Bolívia assim mesmo, como se fosse o quintal da sogra! rs


Agora o Brasil fica para trás. Conhecemos lugares incríveis, pessoas fantásticas, culturas diversas com um único idioma! Um mochilão pelo Brasil já rende muita coisa boa, viu? Mas agora é hora de "hablarmos"! A cada dia que passa da viagem, dá mais vontade de viajar!

Fica aqui o percurso que a gente fez até sair do Brasil:


Mais de 4 mil quilômetros percorridos!!!!

Chegamos a imigração boliviana e esperamos por mais uma hora e um pouco. É obrigatória a passagem pela imigração brasileira antes da boliviana. Você tem que mostrar o visto brasileiro para conseguir o visto boliviano e entrar no país. E nem adianta tentar passar direto, não enfrentar fila, e depois tentar pegar o trem. Não rola! A gente viu brasileiros sendo barrados, com passagem de trem comprada, porque não tinham o papel da imigração.


Depois da fila, fomos trocar reais por bolivianos. Logo após a fronteira, existem várias casas de câmbio. Conhecemos uns caminhoneiros brasileiros na fila que nos indicaram uma casa amarela (loja do gordo), que fica bem na entrada da Bolívia, do lado esquerdo. Trocamos ali por BS3,46 cada real. Não tivemos problemas com o dinheiro trocado ali. Há notas de 200, 100, 50, 20 e 10. E moedas de 5, 2, 1, 50 centavos e 20 centavos.


Dinheirinho no bolso, fomos em busca de um hotel. Trem da morte naquele dia já era! Chegamos à Bolívia às 9:30h do horário boliviano (11:30 do horário de Brasília), e só conseguimos regularizar nossa  entrada às 11h (13:00 do horário de Brasília). Como era sábado, não havia mais trens. E domingo só havia o de 16h, que não era o da morte (porque não havia a classe piorzona! rs). Teríamos que dormir ali, em Puerto Quijarro.


Nos hospedamos no hotel Vini, que fica logo na entrada da cidade, do lado esquerdo, um pouquinho depois da lojinha amarela onde trocamos dinheiro. O hotel tinha camas confortáveis, ar condicionado, frigobar, TV a cabo, banheiro privado, era todo limpinho e ainda ganhamos um chinelinho para passear pelo quarto! Aleluuuiaa! Estávamos necessitadas de um hotel assim! rs E tinha restaurante lá dentro, no segundo andar. E o melhor de tudo: Bs200 ou R$60 para nós duas!!!! Olha, que delícia!!!  Já estávamos adorando a Bolívia!!!rs

Pagamos em real mesmo.
   

 

Assistimos a HTV, canal de música na América do Sul, conhecemos um monte de canciones do momento. Assistimos Chapolin em espanhol!!! Aii que legal!!! Não entendi metade das piadas!haha Mas estávamos achando o máximo!


Nosso almoço, no restaurante do hotel, com comida conhecida dos brasileiros, não passou de Bs46, para nós duas. Isso em real equivale a R$13!!!! Tem noção? Muito barato!!!!

Demos uma andada rápida por perto do hotel e fomos descansar no ar condicionado! No dia seguinte o dia seria longo!


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