BRASÍLIA (DIAS 35, 36 E 37)

Nossa primeira visita foi ao Museu Honestino Guimarães (por fora, pois não abre as segundas-feiras) e a Biblioteca Leonel de Moura Brizola, no Eixo Monumental. A Biblioteca perece ótima! E tem até um espaço “lan house” para o público. Os dois muito bonitos!

Depois fomos caminhando pelo Eixo em direção a “cabine do avião”. Visitamos a Catedral Metropolitana de Brasília. Liiinda!!!! O desing, os vitrais, os anjos que ficam pendurados no teto, a única réplica milimetricamente idêntica a Pietá... Tudo!  Dentro da Catedral ainda está a Cruz utilizada na primeira missa de Brasília, realizada com a cidade ainda em construção. E por fora as estátuas dos quatros evangelistas, Lucas, Marcos, João e Mateus.

Estávamos adorando!!! Brasília é realmente linda! Oscar Niemeyer caprichou nos desenhos!

Depois seguimos caminhando, num solzinho que para Brasília estava até razoável, mas quente para caramba!rs Fomos para a esplanada dos ministérios! Aii, tão legal!!! O comando de um país estava naquela rua, de frente para gente! A vista dali é linda! Ao fundo, o Congresso Nacional e os palácios.

Passamos pelo Palácio Itamaraty, vimos o Palácio da Justiça e chegamos ao cartão postal de Brasília! Uhuuul!!! Estávamos em êxtase! O Congresso Nacional! Ao vivo, ele consegue ser ainda mais bonito!

E lá tem visitas guiadas todos os dias, de 9h às 17h. Como a Kel estava de short (estava muiiito calor!) não pudemos visitar naquele dia. Só no dia seguinte.

A visita é feita de meia em meia hora. Cada dia é uma visita diferente, dependendo do que está acontecendo lá. No Congresso Nacional, no prédio do lado esquerdo fica a sede do Senado. E o do lado direito a Câmara dos Deputados.

Na visita eles dão um cartão postal do Congresso para que as pessoas enviem para quem quiser. Eles mesmos encaminham pelos Correios. Legal a iniciativa, né?

O mais legal da visita foi assistir uma sessão no plenário do senado e uma da câmara dos deputados! Ahaaa! Fomos descobrir o que eles andavam fazendo por lá.rs No telão ficam listados os nomes dos deputados federais presentes na casa (na sessão ou no gabinete) e os ausentes. Na terça-feira, às 16h, a quantidade de ausentes era muito maior. Mas o número de presentes ia aumentando à medida que a hora do fim do expediente ia chegando!hahahaha É rir para não chorar, né?

Na verdade, nós não entendemos muito bem o funcionamento das coisas por lá. Tem um presidente da mesa e alguns assistentes. Um deputado fala sobre sua proposta, sua opinião sobre o que deve ser votado. Enquanto isso, todos os outros estão conversando em grupinhos, nem aí para o que a pessoa está falando. Até o presidente da mesa não dá lá a maior das atenções. Me pareceu uma coisa bem recreativa. rs E no fim de tudo, todos que ali estavam votavam por partido. O mesmo acontecia no Senado, só que cada senador tinha seu voto. Alguém entendeu alguma coisa? Nem eu! Não podemos julgar já que só vimos uma sessão. Mas a minha primeira impressão não foi nada boa! rs Logo, resolvi rezar pelo futuro da nação brasileira! hahaha

Logo atrás do Congresso fica a Praça dos Três Poderes. Onde ficam o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal. É o executivo, judiciário e o legislativo formando um triângulo, regendo o país.

Dali, pegamos um ônibus para conhecer a ponte JK, que passa por cima do Lago Paranoá. Queríamos descer, tirar fotos, atravessar a ponte andando. Para que fizéssemos isso, tivemos que descer dois pontos depois da ponte, porque se descêssemos no mais próximo não teríamos lugar para atravessar a avenida e seguir para a ponte! Olha que absurdo!!! Tivemos que andar no sol quente mais de 1 km para chegar lá. E pensam que tinha calçada? Nada disso! Ora passamos na beira da estrada, no mato, com aviso da presença de animais silvestres, ora pela trilha que encontramos no gramado. Pois é, fizemos trilha em Brasília! rs

Mas conseguimos atravessar a ponte JK todinha! Uhuuu! Outra obra de arte lindíssima! Era tanto motorista mexendo com a gente! Acho que deve ser tão incomum passar a pé por ali, que o povo deve ter achado que éramos loucas.

A vista da ponte é linda! E para voltar? Bom, depois da ponte, foi mais 1 km até o primeiro ponto de ônibus, caminhando pela grama!rs E quando chegamos no ponto, ainda tínhamos a missão de pegar um ônibus de R$2. Não agüentava mais tentar economizar e sem querer pegar o ônibus de R$3. Para isso, e para a vergonha total da Rachel, eu tive que fazer sinal para todos os coletivos. E para cada um que parava eu perguntava “Motorista, quanto é?”. Se ele dissesse R$3, eu dizia “Ah, tá,, obrigada!” hauhauha A Kel estava louca tentando me explicar que aquela era uma avia como o aterro do Flamengo. Que os veículos desciam em alta velocidade e não dava para eu ficar parando cada um deles para fazer perguntas! rs Morreu de rir! Se é para ser pobre, vamos ser, né?

A noite fomos shopping Pátio Brasil encontrar com a pessoa mais presente da nossa viagem: Suzan! Ela estava em Brasília também. Em BH, depois em Lafaiete e agora aqui! Acho que ela está doida para seguir com a gente.rs Fizemos um lanchinho, uma fofoca e fomos ver “O Palhaço”no cinema.

No dia seguinte acordamos bem cedinho para aproveitarmos tudo! Fomos primeiro ao Parque da Cidade Sarah Kubistchek. Um lugar bonito, agradável, bem verde, com espaço para criança, pista de caminhada, ciclovia, bebedouro, espaço para prática de esportes, entre outros. Tudo isso em meio a cidade, ao lado do Eixo Monumental.

Depois seguimos para o Memorial JK e Memorial dos Povos Indígenas. O segundo estava fechado para troca de exposição.

No museu do JK passamos um bom tempo. Por fora já é merecedor de boas fotos. 

Por dentro, é enriquecedor. Paga-se R$6 para visitar. Lá dentro pode-se ver a réplica da biblioteca particular do ex-presidente, o ex-gabinete da Dona Sarah, inúmeras fotos da sua trajetória, objetos pessoais entre outras coisas que os museus apresentam. O que mais achamos interessante foram os vídeos e áudios disponíveis sobre a história de Juscelino e Brasília, desde a promessa na campanha eleitoral até sua inauguração. Pudemos ali ver a antiga Brasília, ver Juscelino caminhando pela área escolhida, ainda puro cerrado. Pudemos ouvir seus discursos, falando sobre Jango. A história fica tão mais viva!

Lá tem dois andares. No segundo vimos uma área com paredes escuras, no teto na parte central vitrais vermelhos e transparentes, deixando entrar a luz do dia, que iluminada uma urna bem grande. Nós, assustadas e impressionadas, porque aquilo era meio sinistro, mas bonito, fomos perguntar ao guarda o que era. Ele respondeu que era onde se encontravam os restos mortais de JK. Num instante saímos correndo dali! hahaha Que coisa sinistra! Para que fazer daquele jeito? Não gostei, não...rs

Ainda conhecemos o carro do ex-presidente, que fica atrás do memorial, e o Cruzeiro, ponto mais alto de Brasília, onde foi realizada a primeira missa da cidade.

À tarde pegamos o ônibus 104 (R$1,50) que vai da rodoviária velha até o Palácio da Alvorada. 

Fomos lá conhecer a humilde casa da Dilma e o soldadinho de castigo Dragão da Independência. Que dó dele! Tem que ficar imóvel por 2horas inteiras!

Estava acabando nossa estadia na capital. Depois de irmos ao shopping passear com a Suzan, pegamos nossas malas e fomos para rodoviária passar uma das noites mais terríveis das nossas vidas!rs O próximo destino era Anápolis e só havia ônibus pela manhã. Não queríamos pagar mais uma diária na pousada. Então resolvemos passar a noite nas cadeirinhas da rodoviária.     

A madrugada demorou uma eternidade!!!!! Que frioooo do pólo norte!!! Os minutos pareciam se arrastar de propósito para zombar da gente! “Iáaa suas pobres, dormindo na rodoviária! Quem mandou inventar de fazer mochilão?!” hahahaha Uma olhava para cara da outra, puxava mais uma pontinha da manta que nos cobria e morria de rir! As duas lacrimejando de sono, com pescoço duro de dormir em cima da mochila, trocando de posição toda hora. Falando um monte de besteira e reclamando da vida boa que estávamos levando! Rachel falando que fazer mochilão era isso (mas não num sentido muito positivo. rs) e eu ali, filosofando no meu sono. “Rachel, mochilar é como amar: ainda que você sofra, você quer seguir em frente.” hahahahahahaha E o pior é que ao invés dela rir de cara, ela disse “Nossa, Monique, que bonito!”hahahaha  Mas até que é bonito mesmo, né?

O nível do sono estava crítico. Suportamos! Amanheceu e pudemos comprar nossas passagens e partimos às 6:30h para Anápolis.

Bye bye, Brasília!!!!

Beijos!!!