quinta-feira, 24 de novembro de 2011

SÃO JOÃO DA LAGOA: A VIDA NA ROÇA! ( DIAS 28, 29, 30, 31)

Somos mulheres aventureiras! Então, tínhamos certeza que iríamos tirar de letra passar alguns dias na roça do Moacir, amigo do Ronald. Até nos ofendemos quando o Ronald duvidou que soubéssemos a diferença entre cocô de vaca e de cabrito. Claro que sabíamos! rs Deduz-se pelo tamanho dos respectivos orifícios! Ahahahaha! Enfim, gostamos da idéia! Nunca havíamos estado numa roça. E estamos sedentas por coisas novas.


Segunda, bem cedinho, arrumamos nossas mochilas e partimos de carro com o Moacir e o Antonio, seu irmão. A roça fica em são João da lagoa, cidade muito pequena, próxima a Montes Claros. Do centro da cidade para a roça, ainda percorremos 3 km por estrada de terra, passando por uma bonita lagoa.


E chegamos! Que lugar gostoso! Só víamos natureza para todos os lados! Dois cachorros e o caseiro Pedro vieram nos receber na porteira (porteira! Olha que coisa da roça, gente! rs). Lá só existe a casa do Moacir, onde ficamos, a do Pedro e a roça.


 

Nosso amigo Moacir logo tratou de nos apresentar tudo. Tem pé de tudo quanto é fruta, árvores diversas, flores, uma horta cheia de coisas gostosas!!! Huuuuummm!!! Adoro mato comível! Hehehe! Fiquei louca imaginando as possíveis saladas que sairiam dali. Tudo natural! Conhecemos a criação de galinhas. Carijó, garnisé... Ele nos mostrava com entusiasmo cada coisinha, cada pássaro com seus ninhos milimetricamente fabricados com os bicos. E enquanto mostrava, ia nos explicando e dando as frutas para comermos. Rachel se empanturrou!

 



 Ele nos contou também dos jacarés, seus amigos. Viviam na beira do riacho que, graças a Deus, não ficava muito perto da casa. E da jibóia, visitante assídua do local. E eu que estava contando apenas com os mosquitos!


Passamos 4 dias aproveitando o lugar. A Rachel, com sua insistente mania de subir em monumentos, como não os encontrou, se aventurou nos galhos das árvores. Se sentindo a Chita, quase integrada a natureza! rs Nunca comera jabuticaba e amora antes de estar ali. E começou bem. Detonou as árvores! Se deliciou com as duas frutinhas. Comemos caju, jabuticaba, amora, ingá, laranja. Amei comer laranja do pé! Acho que as mais gostosas que já provei! E ingá!? Fruta que conhecia só de jogar adedanha! rs

 

 



Comemos os ovos fresquinhos que as galinhas dali nos proporcionaram. rs Comi a salada feita com o que eu mesma colhi. Lavei e tirei suas minhoquinhas. rs


                     
O Ronald só queria pegar sol com sua sunguinha estampada e seu chapeuzinho estilo Indiana Jones! rs

Bom, como cariocas que somos, mantínhamos a calma para passar a impressão de não termos medo de nada. Até que vou tomar banho e avisto uma perereca branca no banheiro! Morrendo de medo dela pular em mim, saí e fui falar com o Moacir, com um semblante sereno (Ahahaha!). “Moacir, tem uma perereca no banheiro.” Que vergonha, gente! Ele me mostrou que ela tem medo da gente, a fez se esconder atrás do vaso. Ainda assim, tomei banho sem tirar os olhos dela! rs

Da mesma maneira agimos com a aranha esquisita das patas longas. Fui fazer xixi e ela estava lá, na lateral do vaso. Chamei a Kel. Enquanto uma fazia xixi, a outra vigiava a aranha!


Num desses dias, Moacir nos levou para conhecer os jacarés. Nos embrenhamos pelo mato, os quatro e a gata Tina, manhosa e carente. Fizemos uma trilha em meio à mata fechada, passando por galhos caídos e lutando com os mosquitos. Num certo ponto, perto do riacho, tínhamos que estar em silêncio para não espantá-los. Que tensão! Não sabia se tinha medo deles aparecerem mesmo ou de uma jibóia resolver dar o ar da graça. Chegamos lá, procuramos e procuramos. Moacir nos mostrou o ninho, mas eles não estavam. Pena! Apesar do medo, estávamos loucos para vê-los.




Voltamos e conhecemos pelo caminha a criação de abelhas. O pai da Kel, com o seu modelito super preparado para aventuras!


Mas nossa maior aventura ainda estava por vir. Depois da chuva, o calorão. E com o calor, os cupins!!! Os impertinentes e detestáveis cupins! Eu disse para a Kel: “eu gosto da roça, adoro os animais, até relevo os mosquitos, mas os cupins... Ah, eles me irritam!”.
Nesse dia eles resolveram, todos, se acumular onde estivéssemos. E o point da noite era a lâmpada em frente ao nosso quarto. Parece que sou fresca, né? Tá, sou um pouquinho, mas eram MUITOS cupins. Infinitos!!! Eles preenchiam toda a parede ao lado da porta do quarto, todo o chão da varanda e se debatiam em todo lugar transitável da casa! Pareci um filme chamado “O ataque dos cupins”.
Tivemos que apagar todas as lâmpadas e nos debater com eles no escuro. Foi terrível! E engraçado no fim das contas, porque os cupins ativam os meus chiliques. E a Rachel se divertia com eles! rs


Por fim, adoramos a roça! Vimos um dos céus estrelados mais bonitos, sentimos o cheirinho de plantas, flores e terra molhada mais gostosos! Vimos vagalumes. Comemos frutas e folhas que não conhecíamos. Subimos em árvores. Fomos à procura de jacaré, enfrentamos cupins, mosquitos e pererecas. Fugimos da gata que só queria se esfregar na nossa perna. Batemos bons papos e ouvimos as histórias do Moacir, do Ronald e do Pedro. Nos divertimos muito!


2 comentários:

  1. Caras aventureiras

    A vida natural é maravilhosa. A fraternidade universal melhor ainda. Talvez o maior exemplo, ou um dos maiores, seja o de Francisco, o de Assis. Foi sugerido para ser o padroeiro da ecologia por um protestante! É o sexto iluminado, para um grupo islâmico. É o nome dos mais escolhidos para muitas casas espíritas de assistência social. Ele pacificou o feroz lobo de Gúbio com a população daquele local.
    Por esses e por outros motivos procuro ser como Francisco, irmão universal. Irmão de todas as criaturas, pois só um é o criador, o Altíssimo Onipotente e misericordioso Pai de tudo e de todos. Como o porevello quero ser irmão das pedras, da mãe terra e de todos o minerais e vegetais.´
    Quero, também, ser irmão dos passarinhos, das aranhas, dos jacarés, da gata Tina, dos cães Bruce e Duque, das minhocas, das galinhas, das jibóias e das cascaveis e até dos cupins!
    Quero, ainda, ser irmão de todos o seres humanos, dos amigos e dos adversários, dos crentes, dos de outras religiões distintas da minha, dos ateus, dos ricos e principamente dos pobres, dos pequenos e dos humildes. Pois Jesus esvaziou-se de si, encarnando-se como nós, para ser nosso irmão. O ano litúrgico já terminou. Hoje, inicia-se o período da Advento,no qual aguardamos a encarnação do Verbo de Deus. Deus encarnado,que Francisco tanto admirava. Por isso deu uma ênfase especial ao presépio principalmente o de Gréccio.
    Paro por aqui, admirando os novos irmãos e irmãs, que estão conseguindo, as amigas da Suzan de Beagá, o Renê de Cordisbugo, as atendentes do hotel Alvorada de MC, o Toni e a Luiza, com suas filhas e o genro, o Moacir, que já era meu amigo, o Celso, esta criatura admirável e todos os outos e outras que esqueci de citar e finalmente pela Talita.
    Quero, também, antecipadamente, dar graças a Deus por todos os amigos e amigas que irão fazer nesta grande aventura!
    Do pequeno irmão de todos,o
    Oninha

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  2. Queridas! Adorei esse lugar! Q delícia deve ter sido essa exeriência! Morri de rir com a perereca branca e a aranha de patas compridas!!! bjao

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