LAFAIETE, OURO BRANCO E LAVRAS NOVAS! SUPER AVENTURAS! (DIAS 15 A 20)

Gente! Quanto tempo, né? Perdão pela demora em postar novidades, mas é que estava difícil conseguir uma internet decente pelos cantos onde a gente estava! Mas vamos lá...

De Congonhas, voltamos para Lafaiete. A vida estava gostosa demais lá! Afinal, como não temos compromisso com o tempo, por mais que saibamos que mais cedo ou mais tarde teríamos que nos mandar de vez para longe dos carinhos e cuidados da família, decidimos aproveitar um pouquinho mais! rs Mais umas caminhadinhas, um pouquinho mais de piscina, baralho e colo da tia Beatriz! A tia Beatriz é uma figura amável, que adora agradar, ajudar e nos fazer sentir bem! Tia, muito obrigada por tudo!!! Adoramos ficar hospedadas no seu hotel 5 estrelas!!

A conjuntivite da Monique se confirmou como neurose completa da cabeça dela (depois de causar esse pânico, ela veio com a cara mais lavada do mundo me dizer que aquilo, na verdade, era alergia ao lápis de olho que a gente estava usando! Eu mereço!! rs) e, ambas saudáveis, fomos então conhecer o ponto turístico mais badalado de Lafaiete. E adivinhem! Dou uma dica e uma chance para vocês tentarem acertar. A dica é: o monumento é cartão postal da nossa querida cidade maravilhosa! E aí? Deu para descobrir? Isso mesmo!!! Conselheiro Lafaiete tem um Cristo Redentor de braços abertos igualzinho ao que a gente tem aí no Rio! Numa dimensão um pouquinho menor, é claro! Mas, assim como o Cristo carioca, ele também fica num dos pontos mais elevados da cidade, saudando a todos que ali vivem ou que por ali passam! 

Tem gente na cidade que até diz que aquele ali é que é o original! rs E o melhor de tudo é que, em Lafaiete, ninguém paga para chegar perto do monumento! É tudo free!! É só chegar e subir a pé mesmo uma rampinha de uns 2 minutos! Que beleza, né? Quando fui a pé ao Cristo do Rio, demorei quase 2 horas até chegar lá em cima!

O nosso último dia em Lafaiete, vejam que engraçado, quase não passamos em Lafaiete! Que coisa contraditória, né? rs Mas é porque saímos bem cedinho de casa, junto com meus primos queridos Renan e Tamaran, para fazer um super passeio pela serra de Ouro Branco, cidade que fica entre Conselheiro Lafaiete e Ouro Preto. De Lafaiete até lá são cerca de 15 quilômetros e, como estávamos de carro, foi rapidinho. A estrada é uma delícia, com vários eucaliptos no seu entorno. Ela faz parte da antiga Estrada Real! E sabe o que encontramos no meio do caminho? A casa de Tiradentes!!! Maneiro!!! Principalmente depois de ter visitado Congonhas e ouvido tantas histórias a seu respeito.

Chegando em Ouro Branco, subimos a serra, mas infelizmente não pudemos ir até o final, onde fica a parte mais alta, porque estava tendo um rali nesse pedaço. De uma forma ou de outra, a vista que tínhamos até onde chegamos já era linda! Tivemos uma visão geral de Ouro Branco e de tudo que estava ao seu redor! 

Até pisamos num formigueiro, olha que máximo!!! rs

Dali, partimos para Lavras Novas, que fica entre Ouro Branco e Ouro Preto, e que era a cidade na qual se encontrava a cachoeira que a Tamaran tinha feito tanta propaganda!

E propaganda verídica!!! No finzinho da trilha de uns 15 minutos de descida, você já percebe que a cachoeira é o máximo!!!

Muito bonita e ótima para nadar! Tirando a temperatura da água, é claro, que quando você entra, parece que pulou nas águas do Titanic! rs Muuuuuito gelada!! A Monique, que já é cheia de frescura com banho em ducha fria, obviamente não entrou! Ficou só com os pezinhos na água, sentindo o clima do lugar. Eu, mesmo sentindo dor nos ossos e uma sensação de queimadura na pele (credo, né? tá, também não foi tão dolorido assim... rs), não resisti, entrei e nadei até debaixo da queda!!! Ai que maravilha! Isso sim é que é vida! Nada como um bom banho de cachoeira para lavar a alma!!!

Então, lá estava eu muito feliz nas minhas “nadanças”, até que a minha prima me deu uma excelente idéia (pra não dizer o contrário! rs), que mudaria toda a calmaria da situação: “Rachel, porque você não sobe nela para tirar foto? Tem uns meninos que sobem e pulam lá de cima na água!”. Pela minha estimativa, a queda da água era de uns 5 metros. ÓBVIO que eu não pularia lá de cima! Ainda mais sem saber a profundidade da água e sem conhecimento prévio das pedras que poderiam estar ali! Mas pensei: “Posso subir só para ver a queda de cima e depois eu desço”. E fui subir.

Quando vi o que eu teria que subir, já vi que não dava para descer por ali. Era realmente muito íngreme, um paredão que a gente sobe quase escalando. Se eu caísse, a queda seria feia. Mas subir, nesses casos, sempre é mais fácil porque você vai vendo onde tem que se segurar, utiliza os lugares onde apoiou as mãos para apoiar os pés e acaba subindo. Para descer, não tem como ver onde vai apoiar os pés, tem que ir no tato mesmo e eu estava com muito medo já na subida para correr esse risco!

Enquanto eu subia, ia falando com a Monique que não ia dar para descer e ela só dizia “se não vai descer, não sobe!”. Só que eu já estava na metade do caminho e com muita vontade de chegar lá em cima, então, continuei subindo. Lá em cima eu encontraria um outro jeito de descer.

Quando cheguei lá no alto, fiquei impressionada. Parecia muito mais alto do que o que eu tinha visto lá embaixo!! Se eu já tinha certeza que não pularia, ali eu confirmei mais ainda o que já pensava. E a Tamaran falando para eu pular!! Louca mesmo! Queria ver ela lá em cima se teria coragem!!! rs A Monique tirou umas fotinhos minhas lá em cima, nas quais eu sou apenas um pontinho (que tal brincar de achar a Rachel na foto? rs) e, depois disso, veio a pergunta que não queria calar: “como eu vou descer daqui agora?!”.

Ali onde eu estava não tinha ninguém para pedir ajuda, já não dava para ver eles lá embaixo, e eu estava de biquíni e com os pés descalços. Onde eu fui me meter, né? Pois é. Se você está pensando que eu não deveria ter subido lá, parabéns! Você acaba de ler minha mente no momento em que eu estava lá! rs Mas aí, como existe solução para tudo, eu percebi que, se eu cruzasse o riacho que dava na queda, passasse por uma área de queimada e subisse um bom pedaço entre grama e pedras, eu chegaria na trilha que a gente tinha descido para chegar na cachoeira. E foi isso que eu fiz, uma vez que eu não via outra saída.

Cruzei o riacho, com a água na altura da minha canela. Parece fácil, mas as pedras estavam bem escorregadias e eu tive que ir me segurando em outras pedras escorregadias e aí vocês podem imaginar o resto... rs Cruzado o riacho, entrei numa área de queimada, tudo preto, minha perna cheia de marca de carvão e para incrementar mais o meu roteiro, com vários cacos de vidro! Eram garrafas quebradas, onde provavelmente havia álcool ou querosene. Tomei cuidado e prestei atenção em cada lugarzinho onde eu estava colocando os meus pés. Ali eu já estava me sentindo no meio daquele programa da Discovery Channel, À prova de tudo (que eu adoro!), e imaginei “só falta eu me perder”. Não deu outra. Saí da área da queimada, andei pela grama e pelas pedras que tanto machucavam meus pés e, quando cheguei no local onde achava que era a trilha, descobri que não era trilha nenhuma!!! Era apenas um desnível no terreno que parecia uma trilha! Eu podia continuar subindo mais e acabaria chegando onde estava estacionado o carro, mas quando vi a Monique lá embaixo, preferi gritar. Ela me viu e acenou. Gritei para alguém subir um pouquinho a trilha, para eu poder me achar e ter noção de para onde eu deveria ir. Eu a escutava perfeitamente, mas ela não entendia nada do que eu dizia! Quando eu gritei para alguém subir, ela gritou de volta “é pra gente ir embora?”. Aí eu gritei “Nãoooo!!!” (porque a essa altura, um outro banho naquela cachoeira já não era questão de vontade, mas de necessidade! rs) e ela virou para o Renan e disse “Renan, ela está te chamando!”. Ahahahahaha!!! Completamente nada a ver!!! rs De qualquer forma, resolveu. O Renan acabou subindo um pedaço da trilha, aí eu vi onde era a trilha e consegui ir em sua direção. Desci a trilha de novo, morrendo de dor no pé (aquelas pedrinhas machucam demais! paguei todos os meus pecados!) e entrei na cachoeira (dessa vez sem nem sentir a água gelada! rs).

Voltamos todos para o carro e partimos de volta para casa. Na volta, num pedaço da estrada, ainda demos uma paradinha no local onde ficou exposta uma das pernas de Tiradentes depois que ele foi esquartejado. 

Ali há um marco dando essa informação e um monumento, que, claro, nós aproveitamos para fotografar.

A única coisa que as duas antas não perceberam é que a gente estava tirando foto na parte de trás do monumento! Que burritas... rs Precisou que a minha prima dissesse “gente, o monumento é do outro lado!” para que a gente se tocasse da besteira que estávamos fazendo! Bem que eu estava achando estranho um monumento todo irregular para representar a perna de Tiradentes... Mas sei lá, né? Hoje em dia com a tal da arte contemporânea, podemos esperar de tudo! Achei que eu é que não estava compreendendo as intenções do artista! rs Demos muitas gargalhadas! E, obviamente, fomos para o outro lado tirar as fotos “certas”! rs

Por fim, chegamos em casa felizes da vida, cheias de histórias engraçadas para contar!