quarta-feira, 2 de maio de 2012

DURAZNO, TRINIDAD, PAYSANDU - URUGUAI - E CONCEPCIÓN DEL URUGUAY - ARGENTINA (DIAS 111 E 112)

No nosso último dia em Durazno, apenas descansamos. Já tínhamos gastado grana demais, estávamos mortas de cansaço e compramos passagens para Trinidad às 7 da manhã. Trinidad é uma cidade próxima a Durazno, só que um pouco mais a oeste. A idéia era seguir até uma cidade chamada Fray Bentos, na fronteira, e voltar para a Argentina.

Tiramos o dia, então, para dormir bastante, arrumar nossas coisas e bater um bom papo com a senhora Morales.


A senhora Morales é um ser incrível, cheia de amor. Carinhosa como ninguém, foi como uma avó para nós duas! Nos sentimos super bem em sua casa e passamos momentos muito agradáveis! Tínhamos que seguir em frente, no entanto, e, no dia seguinte, então, em meio à garoa da manhã, continuamos nosso percurso.


Chegamos a Trinidad com o tempo ainda ruim. Não há rodoviária na cidade e, dessa forma, desembarcamos na praça principal. Ali havia uma exposição, com obras famosas, e a Monique quis logo saber como era a sensação de inspirar o mundo! rs Até tentou, coitada, mas o resultado foi esse aí!!! Hauhauaauahuahuaa!!!


Ainda debaixo de chuva, aproveitamos para fazer mais uma foto e depois corremos para a agência da empresa de ônibus que nos levaria a Fray Bentos. A cidade é bem pequena, então, não passaram de uns três ou quatro quarteirões.


O problema foi que, quando chegamos lá, em plena segunda de manhã, descobrimos que só havia ônibus para Fray Bentos em determinados dias da semana. Não me lembro ao certo quais eram os dias, mas, com absoluta certeza, não eram às segundas-feiras. Conversamos com o rapaz da empresa e ele nos disse que havia outra empresa que poderia nos levar até Paysandú, um pouco mais ao norte que Fray Bentos, mas também na fronteira com a Argentina. Sem outras opções, fomos lá e compramos duas passagens para Paysandú, que nos custaram 235 pesos uruguaios cada. O ônibus sairia às 9:00 hs, então, aproveitamos para tomar café por ali mesmo. Compramos alfajores de maizena (recomendados!!! rs), muito comuns por lá, e um biscoito salgado. Pagamos 84 pesos uruguaios por tudo.

Umas duas horas e meia depois, estávamos em Paysandú.


Passeamos um pouco pela cidade, pela Plaza Constitución e fomos gastar toda a nossa plata uruguaya num excelente almoço, afinal pesos uruguaios não nos serviriam na Argentina!


Escolhemos um restaurante ali mesmo, em frente à praça, que nos pareceu bem confortável e com preços na medida certa para o que tínhamos. Almoçamos e voltamos para a rodoviária, que fica a umas dez quadras dali, mais ou menos.


Às 15:45hs tomamos um ônibus para Concepción del Uruguay, que, por mais estranho que possa parecer, fica na Argentina. rs As passagens custaram 45 pesos uruguaios cada. O ônibus atrasou mais de uma hora para chegar à rodoviária, mas a viagem mesmo foi curtinha. Passamos pelas imigrações para fazer os trâmites, cruzamos o Rio Uruguay e, mais uma vez, estávamos na Argentinaaaaa!!!! Deixamos o Uruguai com um aperto no coração, afinal, tínhamos vivido momentos maravilhosos lá, mas, mesmo um pouco nostálgicas, estávamos ansiosas pelo que estava por vir!



Em Concepción del Uruguay pouco passeamos. Compramos passagens para Rosário, para o dia seguinte (116 pesos argentinos cada), e fomos logo procurar um lugar para passar a noite. O hotel mais barato da cidade, segundo o que o moço da rodoviária nos informou, nos custou Ar$170 para nós duas (cerca de R$70). Foi caro, considerando o local onde ficava e as condições em que estava (além do quê, achamos muito estranho o modo como nos receberam, as grades e as coisas todas trancadas lá...), mas não estávamos com saco de ficar procurando outro, que, além do mais, provavelmente seria mais caro.

O banheiro era apertadinho e o quarto era quente e escuro, com cortinas e roupa de cama da cor vinho, o que causava uma sensação nada aconchegante. O pior de tudo foi que, no meio da noite, começou a cair um temporal!!! Eu senti a chuva em mim e, quando falei isso para a Monique, ela achou que eu estava brincando!! Ou sonhando!! E aí descobrimos que o quarto tinha goteiras!!! rs

Gente, o hotel, que tinha um patio central descoberto, ficou inundado e a água quase invadiu o nosso quarto! A água do banheiro vazou, não sei como!!! E a gente não conseguiu dormir durante um tempo porque parecia que o mundo ia desabar ali!!!


Mas no dia seguinte tínhamos viagem pela frente e seria melhor que não estivéssemos cansadas, porque, quando estamos cansadas, temos preguiça de fazer um monte de coisas e, por consequência, acabamos gastando muito mais dinheiro!!!! O jeito foi fechar os olhos e forçar o sono!!!

Até aqui, já tínhamos percorrido um longo caminho. Depois que saímos do Brasil, por Corumbá, no Mato Grosso do Sul, já havíamos andado pela Bolívia, pelo Chile, pela Argentina e pelo Uruguai.


Cruzamos a Argentina de oeste a leste no percurso Mendoza - Buenos Aires, e agora o objetivo era cruzá-la de norte a sul. Queríamos chegar até Ushuaia, conhecida como Tierra del Fuego, cidade mais meridional do continente americano. E foi por essa razão que, do Uruguai, voltamos à Argentina.


Deixamos toda a amabilidade do povo uruguaio para trás e voltamos para a tierra de los hermanos argentinos!!! rs Com a intenção de ir até o fin del mundo, agora sim íamos nos afastar de casa de verdade!!!

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