domingo, 18 de março de 2012

MONTEVIDÉU - URUGUAY (DIA 100)

Quarta-feira de manhãzinha, meus pais foram embora. Que ruim!!! Eu estava me divertindo tanto com a presença deles!! Ia faltar alguém para falar abobrinhas inacreditáveis e alguém para pedir omelete “seeeem ramón”!!! rs Mas, enfim, eles tinham que voltar ao Brasil e eu ia ter que me acostumar mais uma vez, de uma maneira ou de outra, ao vazio que eles deixavam ali.

A primeira medida que tomamos foi saber o preço do quarto para 2 pessoas no hotel onde estávamos. E quando nos disseram, quase caímos para trás: 500 pesos uruguaios!!! Será que eles estavam loucos? Estávamos pagando 600 pesos para 4 pessoas e agora queriam isso tudo só para 2 pessoas? Só podia ser brincadeira! Mas não era.

Assim, mesmo em cima da hora do check out (faltavam uns 10 minutos para as 10 da manhã), juntamos bem rápido nossas tralhas e caímos fora! Acho que o moço do hotel não gostou muito do nosso comportamento, saindo assim do nada, mas nem a gente gostou do preço dele, então, estamos quites!! rs

Abrimos nosso guia e fomos procurar um hotel mais barato e, para a nossa surpresa, aquele ali, mesmo cobrando os 500 pesos para duas pessoas, era o mais barato!!! Ai meu Deus!!! Estávamos perdidas!!! O que nos salvou foi o hotel que estava quase em frente ao que tínhamos saído, também na calle Soriano. Chamava-se Hospedaje Del Este. O preço também era de 500 pesos, mas como não tínhamos escolha, ficamos ali mesmo. Depois, sem as mochilas pesadas nas costas, teríamos tempo de procurar algum outro mais em conta.

No fim das contas, acabamos pensando que tínhamos trocado seis por meia dúzia, afinal, íamos pagar os tais 500 pesos. Mas sabe que não foi bem assim? Não! Essa hospedagem era bem melhor!!! Apesar da regra de manter o silêncio sempre (há muitos idosos no local), o ambiente desse hotel era mais agradável, o quarto e os lençóis eram cheirosinhos e tudo era mais arrumado! Fizemos uma boa troca!!

Depois dessa bagunça toda e já sem os meus pais por perto, voltamos a ser só nós duas novamente. E agora era hora de tentar colocar as finanças no lugar. A companhia dos meus pais foi maravilhosa, sem dúvida, e eles custearam muitos dos nossos pequenos gastos do dia-a-dia, o que nos ajudou demais. Mas se calculássemos o quanto gastamos no geral, todavia, o resultado foi um rombo! rs Por mais que seja maravilhoso que eles estejam perto da gente, não adianta, eles não são mochileiros, então, para ficarmos todos juntos, acabamos gastando mais. Mais com comida, com bebida e com hotéis melhores basicamente.

Mas, agora não era hora de ficar chorando pela plata derramada. Gastamos muito, mas também aproveitamos muito! A hora agora era de reverter a situação. Começamos, então, a contar todo o dinheiro que ainda tínhamos, como forma de voltar ao controle que fazíamos antes. E o resultado foi espantoso: não tínhamos quase nada! O que estava com a gente não dava nem para pagar o hotel! rs

Assim, começamos a refazer as contas de qual era o dia da viagem para sabermos quanto tínhamos gastado e em quanto tempo. E adivinhem... Estávamos exatamente no centésimo dia de viagem!!! Assim que descobrimos isso, deixamos todas as contas de lado e começamos a nos abraçar, pular e rir! Afinal, era o nosso dia 100!!!! Uhuuuuuulllll!!!!

Depois, fomos tratar de arranjar cash! Aproveitamos as diversas redes Banred que existem ali em Montevidéu (principalmente nos arredores da Av. 18 de Julio) para sacar uma graninha.  

Voltamos para o hotel e fizemos almoço (aliás, a Monique fez! eu só ajudei... rs), utilizando o sal que eu havia pedido no Mc Donald’s (é, né? a gente não ia comprar um quilo de sal só para fazer um almocinho... rs).

E então saímos para averiguar as residências estudantis que existiam em Montevidéu.

Eu, quando ainda estava no Rio, pesquisei sobre residências estudantis na Argentina e no Uruguai, já pensando em um local mais econômico que um hotel, onde pudéssemos interagir mais com as pessoas do lugar. Fiz uma listinha das residências ali de Montevidéu e agora íamos ver ser realmente era possível que nos alojássemos em uma delas, mesmo não sendo uruguaias e nem estudantes.

Escolhemos uma que era mais perto de onde estávamos e mais barata e fomos para lá.

Quem nos recebeu foi a Estela, a moça que cuida do lugar. Uma simpatia!


Nos mostrou toda a residência, disse que sim, tinha vagas, e que podíamos ficar lá. O preço para uma semana era de 1100 pesos uruguaios por pessoa, num quarto para 6 pessoas (o preço para quinze dias era de 1900 pesos). Só que, como ficaríamos apenas uma semana e era janeiro, mês de férias, disse que provavelmente o quarto seria só nosso.

Combinamos tudo e dissemos que voltaríamos no dia seguinte pela manhã.

Com local certo para passar a noite seguinte, passeamos um pouco e voltamos tranquilas para o nosso hotel.



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