quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

ÔNIBUS SANTIAGO - MENDOZA (DIA 90)

Enfim chegou o dia de cruzar a Cordilheira dos Andes. Não sei se vocês sabem, mas eu sou meio fanática com a história dos sobreviventes dos Andes. Essa é uma história real, dos anos 70, sobre um avião cheio de jovens que caiu na cordilheira, em meio a muita neve e, depois de meses de muita fome e de um frio super rigoroso, alguns ainda conseguiram sobreviver. Sempre busquei livros sobre esse tema e li relatos sobre essa história e, até hoje, me pergunto como eles conseguiram isso! É realmente inexplicável a vitalidade e a solidez espiritual que eles demonstraram possuir! Bem, mas para não me perder no assunto (porque se me deixarem eu conto a vida de todos os personagens aqui! rs), digo isso apenas para que vocês entendam o que significava cruzar a Cordilheira dos Andes para mim!

Ela já era minha conhecida de muuuitos anos e agora eu iria finalmente conhecê-la de verdade!!! E acredito que cruzar essas montanhas não seja algo especial apenas para mim, afinal, quem nunca escutou um professor falar sobre a cadeia de montanhas mais comprida do mundo ou sobre a importância da mesma no que se refere às questões latino-americanas em geral? Pois é. Estávamos prestes a ter uma super aula prática de história e geografia!!!


Entramos no ônibus da empresa Tur Bus por volta das 14 horas e as passagens custaram Ch$22.500 para cada um. Fomos de primeira classe (mas não sabíamos disso, só queríamos as poltronas da frente!!!) e, como já disse anteriormente, os assentos eram muitíssimo confortáveis e havia serviço de bordo. A Monique se sentiu a dona do pedaço, se esticou toda no banco e começou a tirar onda com a minha mãe. rs Nunca vi duas pessoas tão iguaizinhas como elas, às vezes parece que elas é que são mãe e filha!!! Ahahahahaaa!!!


A subida da cordilheira é entre curvas e mais curvas, os chamados caracoles. Como o ônibus vira para um lado e para o outro, para um lado e para o outro, não importa onde você vai estar sentado: você certamente verá muito bem os caracoles.



A partir daí a paisagem fica cada vez mais imponente. São montanhas e mais montanhas.



Algumas delas, ao longe, com neve no topo, deixam qualquer um de nós, tradicionais brasileiros acostumados aos 40 graus, babando!


Mas, gente, neve só de longe. No verão não há neve na estrada! Nadinha! Então, se sua intenção é viajar por uma paisagem completamente branca, é melhor deixar para fazer isso nos meses de inverno! Muita gente pensa que, por ser a Cordilheira dos Andes, haverá neve todo o ano, mas não é bem assim. Há partes da cordilheira onde realmente há neve todo o tempo, mas, basta pensar um pouquinho, para chegar à óbvia conclusão de que não faria o menor sentido construir uma estrada num local onde há neve o ano inteiro!

De qualquer forma, não desanimem! Mesmo sem neve, o visual é de tirar o fôlego!


O ônibus ainda passa por alguns túneis e pontes pelo caminho...


Até chegar à imigração.


A imigração é integrada, ou seja, o ônibus pára uma vez só e todos descem e passam tanto na cabine chilena, como na cabine argentina.


E depois de receberem todos os carimbos, voltam para o ônibus, que espera do lado de fora.



Nós demoramos cerca de 45 minutos na imigração, tempo suficiente até para a Natália passar na lojinha e gastar todos os seus chilenos com chocolates, deixando a nossa viagem bem mais alegreee!!! rs


E, assim,  continuamos a viagem. Curtindo cada pedacinho da paisagem com sabor de chocolate!!! rs





Chegamos em Mendoza por volta das 21 horas e aí começou o sufoco. Ligamos para váááários hotéis, hostels, pensões, pousadas e todos estavam ocupados!!! Fica aí a dica para quem for visitar Mendoza no verão!

Começamos, então, a retirar nossos filtros de preço e de localização e conseguimos 4 vaguinhas no Hotel  Galícia, que fica na Calle San Juan, 881 (tel/fax (54-261) 4202619 ou email: hotelgalicia@yahoo.com.ar). A Calle San Juan é paralela à Avenida San Martín, que é uma das principais avenidas da cidade. Fomos caminhando para lá, pois ele fica a uns 15 minutos do terminal de ônibus. 

Os quartos do hotel são bons, mas alguns não tem janela e parece que é noite o dia inteiro. rs Ficamos em dois quartos com banheiro privado: um para casal e um para três pessoas. O preço foi de Ar$300 para nós cinco.

Nesse dia saímos apenas para comer alguma coisa ali por perto. Os detalhes de Mendoza virão mesmo no próximo post. Abraços e até lá!!!


2 comentários:

  1. Rachel ... adorei o que li sobre Mendoza!! Estou com muitas saudades e em falta com vc!!! Recebi o cartão e amei!!! Paulinha está linda ... mês que vem vai fazer 8 meses!! Passa rápido ... rsrs ... quando vc voltar tem que ir logo nos visitar!! irei enviar uma foto dela pra vc!! Fico feliz por saber que está bem e aproveitando bastante!!! beijos pra vc e Monique

    ResponderExcluir